domingo, 24 de outubro de 2010

Borges - 1 ano

É, o Borges é o cachorro do meu filho. Pelo menos assim ficou decidido em fevereiro, quando o Borges passou a integrar nossa família, na época já com 3 meses de vida.
E agora, dia 11 de outubro, ele completou 1 ano e hoje ele é mais meu do que de qualquer outro membro da família.
É claro, sou que passeio com ele, sempre entre 7 e 7:30h da manhã, sou eu que dou a comida, o remédio, o brinquedo; sou eu que o levo pra Pet todos os sábados pela manhã para tomar banho e fazer uma revisão básica com a veterinária.
Eu gosto de bichos, mas sempre o fiz a uma certa distância.
Eu tive minha infância junto dos meus avós maternos e meu avô Oscar sempre teve cachorro, gato e passarinhos -várias gaiolas. Como nós morávamos em casas geminadas, eu sempre convivi com todos eles pacificamente, mas nunca tive nenhum  dos bichos sob os meus cuidados.
Eis que, já nesta fase madura da minha vida, me chega o Borges (nome escolhido por meu marido e meu filho, dois gremistas fanáticos), de mala e cuia para ficar. Confesso que no início, quando era novidade, tudo parecia lindo e maravilhoso. Só que o Borges foi crescendo e, por vezes adoecendo e cada vez mais se apegando a mim e solicitando atenção.
Às vezes me sinto cansada e pouco a fim de brincar com ele.
Mas, por outro lado, é ele que em alguns momentos me faz companhia.
Há um tempo, minha filha mais velha bateu com o carro. Ela saiu ilesa, mas o carro capotou e ficou destruído. Eu levei um susto muito grande. Neste dia, depois de tomadas todas as providências relativas ao acidente, eu fui para minha casa, sozinha, e quem estava me esperando? - O Borges. Eu sentei no sofá da sala e chorei muito, eu precisava desabafar e aliviar a  tensão. E meu amigo canino sentou ao meu lado e, quieto e pacientemente, ouviu e esperou eu me acalmar. Naquele momento, eu tive a sensação que ele me entendia e parecia que me consolava.
Isto tudo é muito estranho para mim, que nunca tive esta convivência tão próxima.
Agora consigo entender porque algumas pessoas se apaixonam e se apegam tanto a seus pets.
Eu não considero nosso cachorro um filho, mas com certeza, ele já conquistou seu lugar na família.
Quando a mim, estou aprendendo um pouco mais da vida!
Aprendendo a gostar do Borges, a cuidas dele, mesmo quando cansada, a tolerar milhares de pelos voando pela sala da minha casa, dentro do meu carro e, por vezes enfeitando a minha roupa preta, a colocar minha mão dentro daquela grande boca, cheia de dentes enormes, quando ele abocanha algo que não deve comer.(Santo Deus! nunca imaginei que eu fosse capaz de uma coisa dessas...)
E por aí vai...São tantas novas experiências...
Acho que estou me tornando "cachorreira"...será?
Lizete

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