segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dores nas costas

Eu passei todo o fim-de-semana como uma dor constante nas costas, não era forte, mas muito chata.
E hoje meu filhote, o segundo, está fazendo 14 anos. E uma amiga brincou que era por isso que tinha dor nas costas, pelo peso dos 14 anos do guri.
Ah, a adolescência, epocazinha difícil esta...mas maravilhosa. É a fase das descobertas boas e ruins da vida adulta (a bebida é uma delas, não é Mara?)
Estamos todas no mesmo barco... E é aí que o bicho pega!
Um filho nunca é um peso, é uma dádiva, é uma alegria, é a tradução mais exata do amor... O que pesa é a incerteza da atitude, pesa a angústia de não saber se estamos fazendo certo ou errado por eles, pesa não saber exatamente que linha educacional seguir, pesa não saber a medida exata do não e do sim, a medida exata do limite das ações, a medida exata do amor.
Mas, pra mim este peso não é muito grande. Tenho dúvidas sim, muitas! Arrependimento às vezes por algum excesso ou por um não que talvez devesse ser sim...Mas uma certeza eu tenho, prefiro prevenir, ou seja, proibir quando talvez devesse permitir, do que depois me arrepender das possíveis conseqüências de permitir o que não devia.
Amor... não sei a medida exata ( acho até que nem quero saber...), só sei que é ele que move minhas ações em relação aos meus filhos. Errar... posso errar sim, mas sem peso na consciência, porque tenho a convicção que minhas decisões visam o melhor prá eles.
Então, amiga Eliana, o que pesa no final das contas é o medo de vê-los sofrer, mas a gente sabe que a vida é só escolhas, certas ou erradas, mas escolhas. E o que eu quero para os meus filhos é que eu consiga ter sempre a inspiração para orientá-los para escolher o certo...para eles, não para nós! (aí já é assunto pra outro texto).
Por hora, vamos festejar juntas a adolescência da nossa gurizada!
Eu já passei por isto uma vez com minha filha mais velha e tenho a certeza que vou sobreviver novamente...(exagerada!!!)
Lizete

2 comentários:

  1. Lizete, adorei teu texto. Quase chorei. É muito dificil esta " medida". Ao mesmo tempo é maravilhoso ter filhos e ter estes desafios. Amiga, conte comigo sempre. bjs mara

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  2. E falou a voz ponderada da razão.
    É por isso, que juntas nos completamos, eu gostaria de ter toda esta serenidade, mas sou muito mais ansiosa que isso.... muito mais medrosa.
    Quero muito acertar com meu filho... Eu tento, juro!!
    Deveríamos antes ser pais, e depois sermos filhos. Se fosse nesta ordem haveria muito mais compreensão e entendimento de várias atitudes.
    Muito bom teu texto amiga. Já é uma luz!!

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